sábado, 5 de julho de 2014

A Copa do Mundo em hashtags


"CALA BOCA GALVÃO": brincadeira brasileira foi sensação mundial em 2010
                Sediar uma Copa do Mundo é como trazer o mundo para o quintal de casa. Afinal, a cada quatro anos milhares de jornalistas e turistas dos mais diversos países se dirigem, tal como uma procissão, às diversas Mecas para celebrar o futebol. Mas, muito além dos que vêm, o planeta inteiro põe os olhos e guarda suas atenções ali naquele mês e pouco de evento. Se a primeira oportunidade que tivemos para sediar o torneio data do longínquo 1950, onde a cobertura de deu basicamente por rádios e jornais, o mundial de 2014 pode ser considerado o marco definitivo da tecnologia como parte do torcer, tendo nas hashtags sua expressão máxima.
             O uso de hashtags, é bom lembrar, não é novidade nem mesmo em Copas do Mundo. Em 2010, durante o torneio que teve a África do Sul como sede, torcedores brasileiros dominaram por dias os trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter com a expressão #CalaBocaGalvão!, afim de demonstrar suas insatisfações em relação ao desempenho do narrador Galvão Bueno durante a cerimônia de abertura da mesma. O episódio tomou tamanha repercussão que diversos sites estrangeiros especularam sobre o que se trataria o fenômeno, causando uma grande confusão devido ao nome do jornalista e o pássaro de mesmo nome. 
             Nos últimos anos a relevância das hashtags apenas cresceu. Outras redes sociais passaram a utilizar da ferramenta, multiplicando sua abrangência na função de termômetro social. No Instagram, aplicativo para a publicação de fotos, por exemplo, virou muito comum adicionar uma marcação do tipo ao final da legenda que acompanha a imagem. Em época em que um dos maiores eventos do mundo acontece no Brasil, não raro seguirmos o andamento do mesmo pela sua repercussão nas redes sociais. Logo após o atacante Neymar da seleção brasileira se machucar no jogo contra a Colômbia, a internet foi inundada pela hashtag #ForçaNeymar, lamentando a lesão do brasileiro que o tirou da Copa do Mundo.

           Outra função das hashtags é aproximar usuários do mundo inteiro não por proximidade, mas por interesses em comum. No caso, futebol. A marcação #brazil2014 já tem, até as 00:45 do dia 06/07, 485.261 fotos associadas no Instagram, enquanto #worldcup lidera as contagens no aplicativo, com 4.149.146.


          Se as hashtags vão continuar sendo a grande sensação no próximo mundial, em 2018, é difícil prever. Contudo, não se pode negar sua influência além dos aspectos de entretenimento que elas exercem hoje em dia. Afinal, querendo ou não, fazemos parte disso.

#SomosTodosHashtags

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