Sediar uma Copa do Mundo é como trazer o mundo para o quintal de casa. Afinal, a cada quatro anos milhares de jornalistas e turistas dos mais diversos países se dirigem, tal como uma procissão, às diversas Mecas para celebrar o futebol. Mas, muito além dos que vêm, o planeta inteiro põe os olhos e guarda suas atenções ali naquele mês e pouco de evento. Se a primeira oportunidade que tivemos para sediar o torneio data do longínquo 1950, onde a cobertura de deu basicamente por rádios e jornais, o mundial de 2014 pode ser considerado o marco definitivo da tecnologia como parte do torcer, tendo nas hashtags sua expressão máxima.
O uso de hashtags, é bom lembrar, não é novidade nem mesmo em Copas do Mundo. Em 2010, durante o torneio que teve a África do Sul como sede, torcedores brasileiros dominaram por dias os trending topics (assuntos mais comentados) do Twitter com a expressão #CalaBocaGalvão!, afim de demonstrar suas insatisfações em relação ao desempenho do narrador Galvão Bueno durante a cerimônia de abertura da mesma. O episódio tomou tamanha repercussão que diversos sites estrangeiros especularam sobre o que se trataria o fenômeno, causando uma grande confusão devido ao nome do jornalista e o pássaro de mesmo nome.
Nos últimos anos a relevância das hashtags apenas cresceu. Outras redes sociais passaram a utilizar da ferramenta, multiplicando sua abrangência na função de termômetro social. No Instagram, aplicativo para a publicação de fotos, por exemplo, virou muito comum adicionar uma marcação do tipo ao final da legenda que acompanha a imagem. Em época em que um dos maiores eventos do mundo acontece no Brasil, não raro seguirmos o andamento do mesmo pela sua repercussão nas redes sociais. Logo após o atacante Neymar da seleção brasileira se machucar no jogo contra a Colômbia, a internet foi inundada pela hashtag #ForçaNeymar, lamentando a lesão do brasileiro que o tirou da Copa do Mundo.
Outra função das hashtags é aproximar usuários do mundo inteiro não por proximidade, mas por interesses em comum. No caso, futebol. A marcação #brazil2014 já tem, até as 00:45 do dia 06/07, 485.261 fotos associadas no Instagram, enquanto #worldcup lidera as contagens no aplicativo, com 4.149.146.
Se as hashtags vão continuar sendo a grande sensação no próximo mundial, em 2018, é difícil prever. Contudo, não se pode negar sua influência além dos aspectos de entretenimento que elas exercem hoje em dia. Afinal, querendo ou não, fazemos parte disso.
Se as hashtags vão continuar sendo a grande sensação no próximo mundial, em 2018, é difícil prever. Contudo, não se pode negar sua influência além dos aspectos de entretenimento que elas exercem hoje em dia. Afinal, querendo ou não, fazemos parte disso.
#SomosTodosHashtags
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